sexta-feira, 13 de novembro de 2009

As mudanças e o fim do Windows

Desde 1995 fui um usuário de PC com meu primeiro 486 da Compaq que rodava o Windows 3.1. Desde então, utilizei outras versões do Windows:  95, 98, ME, XP e Vista. Hoje estou aguardando o upgrade gratuito pois comprei um computador alguns meses atrás que me dá o direito de instalar o Windwos 7. E espero que esse upgrade para o Windows 7 valha a pena, pois estou muito decepcionado com o Vista, que considero um dos piores Sistemas Operacionais que experimentei. Comparo esse sistema com o Windows ME um pouco mais estável.

Hoje, assisto o mundo da tecnologia passando por uma revolução que pode ser o início do fim do monopólio da Microsoft e do Windows como sistema padrão para computação. Essa revolução começou com o iPhone e segue com o Android e com a cloud computing.
Lembro do anúncio  do iPhone e da gargalhada de Steve Ballmer (presidente da Microsoft) que disse que  o aparelho seria um desastre. Até agora o iPhone vendeu cerca de 35 milhões de unidades e existe uma fila de espera para a compra do aparelho.  Existem mais de 100.000 aplicativos para o iPhone e foram feitos milhões de downloads desses aplicativos. Não diria que foi um desastre, contrariando Balmer, pelo contrário, acho que o iPhone foi um marco na mobilidade e do início de um sistema operacional de alto desempenho na rodando em uma plataforma móvel.
Podemos ver hoje também a entrada do Google na plataforma móvel com o Sistema Android e que promete ser um grande rival do iPhone OS. E onde está a Microsoft nesse segmento? Vejamos alguns erros cometidos pela Microsoft:
1. Quando Balmer riu do iPhone foi porque ele não entendeu o potencial do aparelho, primeiro porque Ballmer não entende nada de computador, muito menos de sistemas operacionais. Ballmer é o típico vendedor que entende superficialmente do negócio e sabe vender o produto, também é um grande líder e sabe manter o pessoal estimulado. Mas, não entende nada de construir um sistema operacional ou um hardware. Coisa que Steve Jobs entende muito, assim como o pessoal do Google entende muito de sistemas.
2. Ballmer acreditava, ou ainda acredita que o iPhone é um produto de nicho, ou seja, que é feito para uma  pequena parcela do mercado. Enquanto o Windows Mobile seria um produto que poderia funcionar em qualquer aparelho celular mais potente. O Android da Google é a bola da vez no setor onde a Microsoft era líder até então. O Windows está perdendo cada vez mais espaço em um mercado que cresce a um ritmo bem mais acelerado do que o dos computadores pessoais.
3. A Microsoft acreditou que os usuários de PC comprariam os aparelhos com Windows Mobile  naturalmente. Mas, se o usuário do Windows está cansado de vírus e instabilidade, por que é que ele compraria mais um produto Windows?
4. Quando a Microsoft consegue enfiar guela abaixo o sistema Windows nos fabricantes de computador é porque não existe um sistema que pudesse oferecer a gama de suporte, serviços e softwares que o windows acumulou durante todos esses anos. Mas, na plataforma móvel a Microsoft não conseguiu ter o mesmo poder e está vendo o Android oferecer aquilo que o Windows fez com o PC. A Microsoft nunca conseguirá ter um monopólio na plataforma móvel.
5. O centro nervoso da Microsoft na minha opinião sempre foi o Office, que sempre forçou as empresas, estudantes e usuários a utilizar o Windows. Único sistema que poderia rodar, sem traumas, os arquivos exclusivos do Word, Excel e Powerpoint. Isso fez com que os usuários de PC não migrassem para uma outra plataforma como o Linux, que é praticamente gratuita. Esse sempre foi o segredo do negócio, mas na plataforma móvel começa a existir uma conversão para arquivos com códigos abertos. E com o Android rodando facilmente os arquivos do Google Docs com o "cloud computing" ou computação nas nuvens, não existe a necessidade de ter o software instalado no computador e nem de ter o arquivo no computador. E a revolução está apenas começando.

Novos aparelhos estão surgindo e que irão competir com o PC e o mercado "não-nicho" de Ballmer. Netbooks sem sistema operacionais, tablets e telefones celulares totalmente conectados em redes 3G são início  da revolução. E o mercado está se reestrutrando com novos players desafiando a velha guarda da computação.

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